Por Karina Stoker | Foto: (divulgação)
(publicada em 26, set, 2018 | 14h45)

O espaço 555 já se formava uma grande fila na tarde calorosa de domingo, que por sinal estava bastante agitado. Com um pouco de atraso do horário programado, devido a problemas com voo das bandas, as meninas do Nervosa entram quebrando tudo.

Aquele trio formado por três garotas guerreiras, Fernanda Lira (baixo e vocal), Prika Amaral (guitarra) e Luana Dametto (bateria), imponham respeito, muito peso em alto e bom som, fazendo a galera ir ao delírio.

Depois do banho de agressividade do show do Nervosa, "Curse the Gods", começou a entoar, o público já sabia que em segundos os alemães do Destruction adentrariam o palco para começar uma verdadeira aula de Thrash Metal, deixando a casa ainda mais agitada. Eles trouxeram na bagagem com a tour "The Butchers Are Back", os clássicos de sempre que não podem ficar de fora de nenhum setlist.

O trio composto por Schmier (vocal e baixo), Mike Sifringer (guitarra) e o mais novo membro da banda Randy Black (bateria), seguem com o pé a fundo, equilibrando a agressividade inerente de suas músicas à intervenções de melodia sempre certeiras, alcançando um resultado final que reafirma a ótima fase vivida pela banda nos últimos anos.

Eles dão continuidade com "Armageddonizer", do álbum "Day Of Reckoning", de 2011 e voltam para os anos 80 tocando "Tormentor" do clássico álbum "Infernal Overkill" de 1985. "Nailed to the Cross" é tocada, apesar de ser uma música dos tempos atuais a galera pira loucamente, fazendo a casa ferver ao som do verdadeiro Thrash Metal alemão.

O público já estava ganho e bradava intensamente o nome da banda. Schmier comenta que é sempre bom voltar a São Paulo. Sorte dos fãs que lotaram a casa em um show que valeu cada centavo. E que tal ganhar mais alguns pontos com o professor Schmier e fazer a lição de casa? Parece que os aprendizes seguiram os conselhos do mestre e transformaram o local em um grande "moshpit pandemoniado", digno de um show do Destruction. Eles seguem com uma paulada atrás da outra, a clássica "Mad Butcher", "Dethroned", "Life Without Sense", e a matadora, "Release from Agony". Se já estava bom, imaginem o que o clássico “Eternal Ban", é capaz de fazer com os presentes.

Mosh!! E nem preciso comentar que os guerreiros do moshpit estavam com tudo, agitando a cada verso, a cada palhetada, a cada passagem de bateria. “Total Disaster” é uma das ótimas faixas , e ao vivo sua roupagem fica excelente. Destruction, sempre com riffs rápidos que ilustram seu real propósito: não te deixar parar de banguear.

Enfim, o baterista Randy Black faz seu solo mostrando a todos que veio para ficar, performances alternadas trazendo aos fãs aquela energia bombástica. Agora eles voltam com outra sequência detonadora, “Antichrist”, "Black Mass", "Thrash Attack" e a que nunca pode ficar de fora, "The Butcher Strikes Back". Não havia o que reclamar no que se refere à performance de palco e qualidade de som. Todos os membros da banda agitaram como nunca, e Schmier é um Sr. frontman que não desaponta nunca, sabe como conduzir o público em uma apresentação. Eles continuam com "Thrash Till Death", "Invincible Force" e para fechar, "Bestial Invasion". Mesmo com essa apresentação literalmente "destruidora", fã que é fã nunca se dará por satisfeito, e claro, sempre haverão algumas músicas que poderiam ser incluídas. Destruction, um dos ícones do Thrash Metal alemão que fez seu papel, uma aula de técnica, velocidade e agressividade que nos faz aguardar por mais shows por aqui no futuro… e que não demorem.

SET LIST: 1. Curse the Gods Intro / 2. Curse the Gods / 3. Armageddonizer / 4. Tormentor / 5. Nailed to the Cross / 6. Mad Butcher / 7. Dethroned / 8. Life Without Sense / 9. Release from Agony / 10. Eternal Ban / 11. Total Desaster / 12. (drum solo) / 13. Antichrist / 14. Black Mass / 15. Thrash Attack / 16. The Butcher Strikes Back. BIS: 17. Thrash Till Death / 18. Invincible Force / 19. Bestial Invasion.