Por Ricardo Yasuda | Fotos: Edi Fortini
(publicada em 16, jul, 2018 | 18h52)

No dia 13 de julho, Dia Mundial do Rock, os Titãs se apresentaram no palco do Tom Brasil para comemorar esse dia. O repertório foi pensado especialmente para esta data, contendo muitos dos maiores sucessos dos 36 anos da banda, além de algumas canções da ópera rock “Doze Flores Amarelas”, lançada este ano.

O dia era de rock, mas a configuração da casa parecia para um show de MPB. Os fãs se literalmente se acomodaram, porque o público estava distribuído em mesas, o que é um tanto estranho para esse estilo. Falando em se acomodar, talvez por causa das cadeiras, o público começou morno, mesmo com a banda abrindo com “Diversão”, um de seus maiores sucessos. Logo no começo, o show foi dedicado a Branco Mello. Ele está em recuperação médica de um tumor na laringe.

Com o público ainda meio quieto, continuaram os clássicos “Aluga-se”, cover de Raul Seixas, “AA UU”, “Desordem”, “32 Dentes” e “Família”. Mas foi somente com “Sonífera Ilha”, um dos primeiros sucessos, que a audiência empolgou de vez. Durante “Família”, a banda foi apresentada. Além de Sérgio Britto e Tony Belloto, se apresentaram Beto Lee nas guitarras, Mario Fabre na bateria, e Lee Marcucci no baixo, substituindo Branco Mello na noite.

Os Titãs sempre se adaptaram bem às mudanças de formação (dos 9 membros originais, restam apenas 3), mas desta vez tiveram que se virar com a ausência de Branco Mello. A banda, que já chegou a ter 6 vocalistas em sua formação inicial, desta vez contava com apenas Sérgio Britto como vocalista “oficial”. Tony Bellotto cantou algumas músicas, mas estava claramente desconfortável. Beto Lee também arriscou nos vocais de “Televisão”.

Depois dos clássicos, Sérgio Britto sentou ao piano para tocar “Porque Eu Sei que é Amor”, que disseram que era uma música de um dos discos mais criticados deles, “Sacos Plásticos”. A música fez parte da trilha sonora de uma novela.

Logo depois foi a vez do bloco dedicado ao último projeto dos Titãs: “Doze Flores Amarelas”, uma ópera-rock que tem elementos de teatro, cinema e música, lançado neste ano. A história acompanha três estudantes universitárias que são violentadas em uma festa, e as consequências do crime para todos os envolvidos. As músicas apresentadas foram “É Você”, “Me Estuprem”, “Canção da Vingança” e “Weird Sisters”.

De volta aos clássicos, “Flores” e “Pra Dizer Adeus”, cantada por Bellotto. Depois foi a vez de uma cover do Barão Vermelho, “Pro Dia Nascer Feliz”. Em “Homem Primata”, o público finalmente se levantou e foi para a frente do palco. Antes disso, os seguranças pediam para as pessoas sentarem. Coisa de show sentado. Para fechar o show antes do bis, “Polícia”, com direito a um trecho de “Fardado” no final, e “Lugar Nenhum”.