"VADER"
19/05/2018 - Manifesto Bar - São Paulo - SP
Apresenta: "The Ultimate Incantation - 25 Years of Chaos"
Abertura: "Venomous"

Por Kah Stoker | Foto: (divulgação)
(publicada em 22, mai, 2018 | 15h31)

Vader, um retorno brutal e introspectivo.

Nas imediações do Manifesto Bar, já dava para sentir o clima desse sábado de Metal Extremo em São Paulo. Para uma noite um tanto fria, se torna fervorosa quando os paulistanos da banda "Venomous" entram pontualmente às 19h40, arregaçando com um estilo bem autêntico e moderno. Começo sensacional, pena que para um público ainda pequeno, eles mostram surpreendentes performances, em um estilo extremo, que deixam todos de cabelos em pé.

A banda tem um grande destaque na cena do rock brasileiro, recentemente lançaram o álbum “Defiant” e fecharam contrato com a agencia ON FIRE BOOKING, onde irão nos representar na França, Alemanha, Bélgica, Holanda, Polônia e República Tcheca. “Within the Silence”, é a primeira tocada, música do clipe que teve mais de 4 mil visualizações em uma semana, (realmente muito boa). A casa foi enchendo, a galera foi se animando ainda mais, e com uma palhetada da guitarra, refrão e ritmo da bateria eles continuam com a, “I Pray as I Prey”, de características diferenciadas, porém com fortes influências no “Death” e “Thrash”, os integrantes tocam e interagem com o público fazendo todos pirarem. Ao termino da música, o simpático vocalista Thiago Pereira, agradece a todos pela presença, apoio e pela empolgação, assim, anuncia a próxima música, “Trinity” e na sequência, “Martyr”, e a monstruosa e bastante conhecida, “A New Beginning”.


Não posso deixar de citar a facilidade que os dois guitarristas, Guilherme Calegari e Ivan Landgraf, tem em intercalar os solos e riffs, isso é realmente muito raro e de uma maneira que se torna brilhante. Assim também como é importante citar o show de batuques alucinantes que o baterista Lucas Prado nos mostra e as “tacadas”, que o baixista Alexandre Bonal, faz. Para finalizar, eles fecham a apresentação com a bem elaborada, “Green Hell” exaustos, mas com muita vontade de continuar, agradecem ao público, jogam palhetas, baquetas e pegam nas mãos da galera próxima ao palco.

O que dizer deste show? O quinteto paulista não deixou a desejar, mergulhando a criatividade com um bom som, explorando elementos pesados e intensos feitos para funcionar bem ao vivo.

Com a casa mais cheia, pontualmente as 20h15, os poloneses da banda Vader, entram com a música, “Dark Age”, riffs cativantes misturado com um tom agradável, leva a galera ao delírio, lembrando do bom e velho “Death Metal”. Banda cujo, o nome foi inspirado no personagem de Star Wars, Darth Vader, é considera uma das principais neste estilo. Lançaram recentemente uma oletânea, onde traz regravações de faixas do debut “The Ultimate Incantation”, e assim seguem com a tour pelo mundo a fora.

O vocalista e guitarrista, Paweł Wiwczarek ou melhor, “Piotr”, agradece ao público, e fala que está feliz por estar de volta ao Brasil, pois se sente “em casa”. Em seguida ele anuncia a próxima música, “Vicious Circle” e depois, “The Crucified Ones”, com aquela introdução explosiva. Agora “The Final Massacre”, “Testimony” e “Chaos”, ambas com um peso incontestável. A cada música tocada, o baterista James Stewart deixa registrado sua marca extrema e dinâmica, com técnicas alternadas, dando violentas batucadas que elevam o show de um jeito inexplicável e insano.


Novamente com riffs bem sacados, solos triunfantes, levada de bateria insistente e bem marcada, eles levam as “One Step To Salvation”, “Demon's Wind” e “Decapitated Saints”, e nessa hora, já se forma uma roda gigante de bate cabeça entre os fãs. É incrível como o Vader se destaca das demais bandas do gênero, é algo difícil de se ver, mas eles criaram um estilo único, mostrando uma sonoridade que vem sendo marca registrada.

Na sequencia, “Breath of Centuries”, “Wings” e “Triumph of Death”, some-se a isso a velocidade com que os músicos tocam seus instrumentos, o que resulta na fórmula “peso + velocidade”, claramente identificada nessas músicas. Agora “Sothis”, “Carnal”, “Silent Empire” e “Prayer to the God of War”. Trata-se de sons de respeito, originais, sem firulas e altamente corretos. Eles saem do palco, agradecem a todos e o que parecia ser o fim; eles retornam com “Send Me Back To Hell” e na sequência, “Cold Demons” e vemos andamentos rápidos, repleto de riffs pesados e arrastados.

Petr, apresenta todos os integrantes e eles finalizam com a “God is Dead”, é aquela música arrasta quarteirão de encerrar show, que o público espera ansiosamente, que canta do início ao fim. Realmente eles vem fazendo um trabalho desafiador, instigante e de muita qualidade, que tem tudo para alavancar ainda mais a carreira da banda.

SET LIST VENOMOUS: 1. Within the Silence / 2. I Pray as I Prey / 3. Trinity / 4. Martyr / 5. A New Beginning / 6. Left with no Rights / 7. Green Hell.

SET LIST VADER: 1. Dark Age / 2. Vicious Circle / 3. The Crucified Ones / 4. The Final Massacre / 5. Testimony / 6. Chaos / 7. One Step To Salvation / 8. Demon's Wind / 9. Decapitated Saints / 10. Breath of Centuries / 11. Wings / 12. Triumph of Death / 13. Sothis / 14. Carnal / 15. Silent Empire / 16. Prayer to the God of War / 17. Send Me Back To Hell / 18. Cold Demons / 19. God is Dead.