"BLACK SABBATH"
02/12/2016 - Praça da Apoteose - Rio de Janeiro - RJ
Abertura: "Rival Sons"

Por Lucas Amorim Passos
(publicada em 4, dez, 2016 | 13h54)


E chegou o dia do Rio de Janeiro assistir a passagem da turnê de despedida do Black Sabbath e curtir pela última vez ao vivo os clássicos de uma das bandas mais seminais que a música pesada já teve, além de ser influência para outras inúmeras bandas que vieram após.

O Black Sabbath é responsável muito mais do que apenas da criação de um estilo de música, mas também de um estilo de som, único, que mistura o terror com riffs fantásticos aliados ao talento dos músicos e a voz única de Ozzy Osbourne.

O show aconteceu na praça da Apoteose e com um público enorme, que queria dar o adeus para a banda, porém antes do início do espetáculo principal, tivemos a oportunidade de ver o show de abertura dos caras do Rival Sons, que não se intimidaram e já entraram no palco quebrando tudo com sucessos como “Eletric Man”, seguida de “Secret”.

Os californianos foram os escolhidos para abrirem os shows da turnê brasileira do Sabbath e não fizeram feio, pois Jay Buchanan com seu potente vocal e companhia, fizeram um show animado que fez todo mundo agitar o pescoço, o som do Rival Söns é suingado e cheio de riffs combinados com os potentes vocais rasgados de Jay, com certeza foi aprovado por todos.

Na sequência era a hora da matar a ansiedade pois o Black Sabbath tocaria pela última vez no Rio de Janeiro e as luzes se apagam para o início do espetáculo por volta das 21h30, com uma bela animação no telão, com explosões e muita criatividade que deixou a galera hipnotizada.

E logo após essa ótima animação eis que ingressam ao palco sob uma chuva de palmas e gritos as 3 lendas, Ozzy, Gezzer e Iommi, seguidas de Tommy Clufetos e já começam o show voltando lá no início da carreira com a música homônima Black Sabbath seguida de Fairies Wear Boots.

Não preciso dizer, pois todas as músicas do Black Sabbath são clássicos, porém é inexplicável definir o sentimento de assistir ao vivo essas cações, e ainda mais sabendo que é a última vez, o sentimento na praça da Apoteose era de total nostalgia, mas isso não impediu que a galera agitasse muito e gritasse por Ozzy a todo momento, um Ozzy comportando, porém muito empenhado em agradar a todos.

Eu concordo que os integrantes do Black Sabbath estão velhinhos, mas as canções saem afiadas e totalmente honestas, os lendários riffs de Into The Void e Snowblind, são tocados perfeitamentes e ainda fazem todos se arrepiarem, mas meu amigo o que dizer da competência de Tonny Iommi??...homem que praticamente é o criador dos riffs mais sensacionais do Metal?....seguido de Geezer Butler, uns dos melhores baixistas que já existiram??

E para fechar o Cast Tommy Clufetus está muito bem na banda, é claro que eu queria o Bill, quem não queria, mas o que dizer desse cara? Ele é perfeito ao vivo e não dá pra por um defeito, ele toca com gana, com força, com uma pegada que deixa a banda ainda mais pesada ao vivo, e embora muitos falem que ali não era o seu lugar ele está lá, e com toda certeza muito mais do que um quebra galho.

Voltando ao set, mais clássicos como “War Pigs”, que colocou a apoteose pra cantar inteira, “N.I.B” fazendo todo mundo pular, “Iron Man” que dispensa apresentações e pra finalizar a noite a sensacional “Children Of The Grave”.

No bis o som mais esperado da noite, “Paranoid” e com ele o último adeus da banda em terras cariocas, um clima de sorrisos e ao mesmo tempo de tristeza pairou no ar enquanto o público deixava a apoteose, mas sabemos que tudo que tem um começo tem um fim, e esse fim pelo menos aqui no Rio de Janeiro foi bem comemorado.