"DREAM THEATER" Por Lucas Amorim (publicada em 9, jul, 2016 | 12h00) Na ultima noite de 22/06/2016 o espaço das Américas recebeu um dos espetáculos mais aguardados do ano, o Dream Theater que veio ao Brasil para apresentar seu mais recente trabalho “The Astonishing” tocado na íntegra em esquema de palco com cadeiras, mais intimista, como se fosse um teatro. Confesso que quando eu soube disso eu e muitas outras pessoas ficaram com receio, afinal a banda decidiu fazer um show diferente, uma espécie de ópera-rock teatral, e isso gerou muita expectativa, comas ao fato da banda anunciar que não tocaria nada mais além das músicas novas. Pontualmente 21:30 o espetáculo começa a tomar vida e diversos NOMACS ( espécies de robôs na historia do disco) começam a invadir os telões do palco, as luzes se apagam e os quatro virtuosos músicos da banda ingressam ao palco para dar início ao show com “ Dystopian Overture” com um volume bem alto somado aos belos efeitos que o telão refletia que sinceramente eram de deixar qualquer um de queixo caído, uma mega produção sensacional. O palco tinha alguns detalhes muito interessantes,e o principal foi o telão mesmo, grande bem definido que era formado por cinco colunas compridas onde se passariam as animações baseadas na história de The Astonishing, os efeitos eram muito interessantes, como as nuvens que eram mostradas durante a animação, além dos personagens que compõem a história do disco, era um esquema meio Final Fantasy, até mesmo porque as animações eram em CG, além do belo teclado de Jordam Rudess que se movimentava acompanhando o músico. Passada a bela introdução surge a bela “The Gift of Music” e o vocalista James Labrie sobe ao palco, gostei muito do James nessa turnê o cara esta cantando com vontade, soltando a voz sem medo, o cara sempre foi muito criticado no Dream theather mas dessa vez não da para criticar não, pois ele foi muito bem. O interessante da apresentação foi que na minha opinião, as músicas vão ficando cada vez mais pesadas com o decorrer do ato, muito mais pesadas que no disco, porém quero ressaltar que a presença de Jordan Rudess no ato I foi sensacional, é impressionante como o tecladista dita o ritmo das músicas e preenche o sons de orquestra que contém no disco, ele é um gênio, comanda tudo daquelas teclas que nas mãos dele parecem mágicas. Sinceramente a plateia não poderia ser presenteada melhor do que o final do primeiro ato, onde os caras improvisam no final de “A New Beginning” com solos, quebras de tempo, mostrando a técnica apurada de cada músico. O primeiro ato é encerrado com “The Road to Revolution”e a banda se despede dos palcos as 22:55. O segundo ato foi seguindo juntamente com os efeitos maravilhosos que o telão proporcionava, sinceramente os efeitos superaram minhas expectativas, realmente assistir os caras tocando de forma formidável juntamente com os efeitos no fundo me senti realmente em uma peça de teatro. O Dream Theater veio para o Brasil com a intenção de mostrar algo novo, algo que nunca tinham feito antes, como mencionei fiquei com bastante receio antes de ver o show, mas depois de assistir a esse espetáculo maravilhoso que deixou os fãs de queixo caído não tive dúvidas que os caras vieram mais uma vez pra arrebentar. É muito difícil uma banda fazer o que o Dream Theater se propôs a fazer, mas os caras provaram que são acima da média e presentearam o espaço das Américas com um espetáculo de encher os olhos. |