"ANGRA"
07/11/2015 - Tom Brasil - São Paulo - SP
Abertura: "Republica"

Por Karina Freitas / Fotos: Aluisio Ribeiro
(publicada em 10, nov, 2015 | 10h40)

Depois das ótimas apresentações das duas bandas de abertura, “Republica” e “Soulspell”, com a casa relativamente lotada, o Angra sobe ao palco arrebentando com a, “Newborn Me” faixa do último álbum “Secret Garden”, (2014), já com as novas mudanças de formação.

O italiano Fabio Lione (Rhapsody Of Fire, Vision Divine) nos vocais, o baterista Bruno Valverde e também com a participação do guitarrista da banda “Almah”, Marcelo Barbosa, substituindo o Kiko Loureiro (por estar fazendo turnê com o Megadeth), e assim junto dos queridos Rafael Bittencourt e Felipe Andreoli, fazem daquela noite, um espetáculo impressionante.

Um único riff pesado é que introduz a música, os vocais de Fábio se encaixaram perfeitamente, o refrão é excelente e ao vivo ficou poderoso, lembrando os bons tempos de “Nothing to Say”, do álbum “Holy Land” (1996), que vem na sequência. Aquela música que não sai da cabeça e quando você percebe, esta cantarolando-a. Nessa hora, Rafael Bittencourt, aparece com um chapéu de “cowboy” ao palco, esbanjando alegria.

Mais uma do “Secret Garden” é tocada, “Final Light”, uma das contribuições de Felipe Andreoli com o início pesado e o refrão potente são um convite a apreciar ainda mais o show. “Wings of Reality”, do disco mais cru, mais pesado e mais dedicado ao Heavy Metal, FIREWORKS (1998). “Waiting Silence” do “Temple of Shadows” quinto álbum de estúdio de 2004, leva a galera ao delírio no Tom Brasil (antigo HSBC). Storm of Emotions, também do “Secret Garden” lançada como single, início lento, com progressão para um refrão marcante.

Fabio Lione, sempre muito animado com a galera, fazendo piadas e falando muito bem o português, ainda com um pouco de seu sotaque “italiano”, o que faz ficar ainda mais engraçado. “Holy Land”, faixa com o nome do próprio álbum de 1996, sendo a mais diferente do disco tem um diferencial a parte, sendo completamente "abrasileirada" e com um refrão bastante empolgante, foi um dos destaques no show.

Time do “Angels Cry” álbum de estreia da banda em 1993, e que elevou o Angra ao sucesso, é considerado o melhor trabalho da banda pelos fãs e pela crítica. Logo em seguida, os integrantes saem do palco e ficamos com um banho de batuques do mais novo baterista Bruno, que usa uma técnica muito diferente do que se costuma usar na bateria. Com apenas 24 anos, ele envolve a galera de uma maneira inexplicável.


Silent Call também do “Secret Garden”, com o Rafael Bittencourt nos vocais, uma baladinha acústica, que pode até lembrar "Forgotten Land" (Almah), nos mostra que o Angra consegue fazer coisas muito boas com ideias simples, e também que Rafael é muito bom como vocal, mesmo que este não seja seu ofício.

Logo após, Rafael anuncia a participação de Edu nas próximas músicas , “Angels and Demons” do “Temple of Shadows”, inicia e logo em seguida “Heroes of Sand”, do “Rebirth “ e “Spread Your Fire” também do “Temple of Shadows”.

Finalizando as músicas, Rafael e Edu se elogiam, se abraçam e lembram dos velhos tempos da banda.
Os integrantes deixam o palco mais uma vez e em um pequeno intervalo, retornam com mais uma do “Holy Land”, “Make Believe” é tocada e em seguida, a banda faz um cover do “The Police”, “Synchronicity II” com Lione e o Bittencourt nos vocais.


A mais esperada música é tocada, “Carry on”, que faz a galera pular de alegria, cantada pelo Edu Falaschi.” “Rebirth”, faixa do próprio álbum, cantada por Edu e Lione, um dueto perfeito para esta canção, “Pegasus Fantasy” cover de “Make-up”, também com o Edu, como nos velhos tempos, é a trilha sonora do desenho mais conhecido por todos, nos anos 80 e 90, “Os Cavaleiros do Zodíaco”.

Rafael relembra o quanto a cena do metal brasileiro é importante, e faz todos gritarem “Viva o Heavy Metal Brasil!” e em seguida anuncia “The Number of the Beast” do “Iron Maiden”. Com todos juntos cantando, encerram a noite fazendo os fãs, saírem com um ótimo sorriso no rosto e com aquele gostinho de “quero mais”.

Um detalhe que não pude deixar de perceber, com essa troca de vocais, o Angra não se adapta aos vocalistas, os vocalistas é que se adaptam ao Angra. É comum você ver uma banda mudar um pouco o estilo depois que um novo vocalista entra. Resumindo, fizeram um show maravilhoso!