Por Luane Arruda / Fotos: Luane Arruda

Pela primeira vez no Brasil a banda Finlandesa de Folk/Viking Metal Turisas, desembarca em território nacional com a turnê Guards of Glory, do seu último álbum Stand Up And Fight.
A banda é formada por Mathyas Nygard (vocais), Jussi Wickstrom (guitarra), Jesper Anastasiadis (baixo), Jaakko Jakku (bateria), Olli Vanska (violino) e Robert Engstrand (teclado).
Durante a tarde esperando a abertura dos portões os fãs pintavam uns aos outros de vermelho e preto, cor na qual é a marca registrada da banda.
Os portões da casa – Carioca Club foram abertos pontualmente as 17h30, dando inicio a entrada de todos.

Por volta das 17h45 subiu ao palco para uma apresentação de combate medieval a Ordo Draconis Belli, devidamente caracterizados e usando armas reais arrancaram  urros de aprovação do publico a cada “derrota”.
Sem atrasos, a banda paulistana de Pagan Folk Metal, Sigfadhir, subiu ao palco pontualmente as18h. O grupo formado por André Frekihugr (vocais, gaita de fole, harpa de boca, tambor, flauta), Victor Maldonado e Fenris Fenrir (guitarras), Felipe Malavazzi (baixo) e Dubh Vandræðaskáld (bateria). Trouxe uma mistura de som harmonioso com riffs pesados, letras fortes e o som doce da flauta e gaita de fole. Saudando Odin, Thor, Tyr e deuses da mitologia nórdica/pagã.

Então, “vermelhos como o sangue e negros como a noite” Turisas sobe ao palco com ‘The March Of The Varangian Guard’. Levando o publico ao delírio, punhos fechados para o alto acompanhando a batida da música. Seguindo com Take the Day.
Mathias se mostrou bem falante durante a noite de sábado, fazendo comparações entre as cervejas brasileiras. Provou Brahma, Nova Schin (sem álcool?). Completou dizendo: “Temos 3 cervejas no palco e a melhor delas não está aqui. BOHEMIA!”. Tomou também o vinho Sangue de Dragão que não agradou muito o paladar, e fez o publico começar a gritar por ‘cachaça, cachaça’. O que acabou não fazendo sentido não só para ele como para a banda. Seguindo com ‘One More’.

Olli e seu violino faziam o publico pular e dançar. Em ‘In the Court of Jarisleif’ os integrantes interagiam entre si, girando e esbarrando uns nos outros caindo no chão.
Mathias no chão deitado encenando como em um teatro, respiração fraca e ofegante levantou-se devagar murmurando “La la lai lai lai” repetidamente e cada vez mais e mais forte.
Até por fim em pé ficar e fazer a casa toda pular. No centro uma roda bem ‘amigável’, sem confusões se divertia.

Mathias disse que durante as tours, nem sempre podiam tocar músicas longas, mas como o show da noite era unicamente deles tocaria ‘ Miklagard Overture’ e ‘dane-se’ o tempo.
Completou dizendo que sempre teve vontade de fazer shows no Brasil, mas as produtoras não davam o suporte necessário. Mas finalmente estavam aqui e queriam que aproveitássemos e cantássemos para compensar todos esses anos de espera.

Após um breve agradecimento seguiram com ‘Stand Up and Fight’ e ‘Sahti-Waari’,sem dar tempo para pausas.
O publico gritou ‘’BATTLE METAL’’ Mathias correspondeu fazendo cada lado gritar uma palavra, a batalha metal começou, Jesper e Olli marchavam como soldados.
Por fim agradecendo “OBRIGADO BRASIL, OBRIGADO SÃO PAULO” a banda encerra mais um show. Porém permaneceram no palco e o publico começou a gritar por “Rasputin”.
Mathias parou por um momento tentando identificar o que a platéia gritava, virou-se pra trás com uma expressão surpresa no rosto, Olli agitando os braços, Jaakko um breve solo de bateria e por fim a tão esperada Rasputin.

O show chega ao fim com agradecimentos, interação banda e platéia, palhetas, baquetas, toalhas e caixas de sucrilhos (sim) foram jogados para o publico. Os integrantes deram as mãos e agradeceram quatro vezes.

Um show espetacular!